Por Que Ler Os Classicos
Nota da edição italiana
Por que ler os clássicos
As odisseias na Odisseia
Xenofonte, Anábase
Ovídio e a contiguidade universal
O céu, o homem, o elefante
As sete princesas de Nezami
Tirant lo Blanc
A estrutura do Orlando
Pequena antologia de oitavas
Gerolamo Cardano
O livro da Natureza em Galileu
Cyrano na Lua
Robinson Crusoe, o diário das virtudes mercantis
Candide ou a velocidade
Denis Diderot, Jacques le fataliste
Giammaria Ortes
O conhecimento atomizado em Stendhal
Guia à Chartreuse para uso dos novos leitores
A cidade-romance em Balzac
Charles Dickens, Our mutual friend
Gustave Flaubert, Trois contes
Lev Tolstói, Dois hussardos
Mark Twain, “O homem que corrompeu Hadleyburg”
Henry James, Daisy Miller
Robert Louis Stevenson, “O pavilhão nas dunas”
Os capitães de Conrad
Pasternak e a revolução
O mundo é uma alcachofra
Carlo Emilio Gadda, O Pasticciaccio
Eugenio Montale, “Forse un mattino andando”
O escolho de Montale
Hemingway e nós
Francis Ponge
Jorge Luis Borges
A filosofia de Raymond Queneau
Pavese e os sacrifícios humanos
Nota bibliográfica
Sobre o autor
NOTA DA EDIÇÃO ITALIANA
NUMA CARTA DE 27 DE NOVEMBRO de 1961, Italo Calvino escreveu a Niccolò
Gallo: “Para reunir ensaios esparsos e não orgânicos como os meus é preciso aguardar a própria morte ou pelo menos a velhice avançada”.
Mesmo assim, Calvino iniciou esse trabalho em 1980 com Una pietra sopra e, em 1984, publicou Collezione di sabbia. Depois, autorizou a coletânea no exterior, nas versões inglesa, americana, francesa de Una pietra sopra — que não são idênticas ao original —, dos ensaios sobre Homero, Plínio, Ariosto, Balzac,
Stendhal, Montale e do ensaio que dá título a este livro. Além disso, modificou — e num caso, Ovídio, agregou uma página que deixou manuscrita — alguns dos títulos destinados a uma publicação italiana ulterior.
Neste volume, encontra-se grande parte dos ensaios e artigos de Calvino sobre
“seus” clássicos: os escritores, os poetas, os cientistas que mais contaram