Rebeliões do periodo regencial
1- Introdução Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil passou por um período marcado por muitas crises: enquanto o país era governado por regentes, as diversas forças políticas lutavam pelo poder, o país perdia espaço na concorrência por mercados econômicos e aumentava sua dependência das potências estrangeiras, as reivindicações populares por melhores condições de vida aumentava e cresciam revoltas em diversos pontos do país. Homens livres brancos, mulatos, mestiços, pardos, e negros forros, foram às ruas em busca do direito de participação na vida política e de melhores condições de vida. Por outro lado, esses conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo em torno das Províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Nesse contexto, torna-se fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro, apesar da pressão inglesa. Nessa época são criados o Colégio de Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com a finalidade de desenvolver uma política cultural para o país.
2 - Cabanagem (1833-1836) Antecedentes. Desde o período colonial o Pará era dominado por um poderoso grupo de comerciantes portugueses, aliado aos altos funcionários civis e militares. Contra esse núcleo que resistiu como pôde á independência do Brasil, foi desencadeado nessa ocasião um movimento com ampla participação das cama¬das populares. A derreta desse núcleo só aconteceu depois do envio de tropas pelo Rio de Janeiro, sob comando do mercenário inglês Grenfell. Por esse motivo, no Para, a independência foi retardada por quase um ano (agosto de 1823) em relação á sua proclamação oficial (setembro de 1822). Na luta contra os portugueses destacou-se o cônego Batista de Campos, que obteve grande prestígio entre a massa miserável que habitava as choupanas á beira dos rios: os cabanos. Contudo, a independência pouco significou para as camadas populares que