Raízes do brasil - o homem cordial
O texto começa fazendo um paralelo entre o romance de Sófocles e as relações humanas modernas, notadamente a que de desenvolve nas relações de trabalho. Tal comparação ilustra o drama humano de ter de separar a esfera da vida pessoal, familiar, da função exercida pelo indivíduo na sociedade.
Em seguida, é trazida uma análise das práticas pedagógicas do passado e do presente, em que se analisa que nos dias de hoje a sociedade requer uma preparação para o desprendimento familiar, para o senso prático de convivência social, mesmo que isso implique desobediência aos pais. Diferentemente dos métodos tradicionais de educação, em que os “bons” pais eram controladores de seus filhos e os preparavam para agirem conforme a necessidade da convivência familiar. Disso, esboça o raciocínio de que em sociedades em que predomina essa estrutura tradicional familiar, há óbice para o desenvolvimento social “segundo conceitos atuais”.
Interessantíssima a observação de que o desenvolvimento pessoal que levou a uma posição de desenvolvimento social a alguns indivíduos foi proporcionada pela experiência de sair de casa, dos laços familiares, para estudar, principalmente a partir dos cursos jurídicos de Olinda e São Paulo. Ao sair dos laços de dominação patriarcal foram sendo desenvolvidos os sensos de liberdade e responsabilidade que tornam o homem apto a vida na sociedade moderna e competitiva que hoje existe. Interessante, também, a frase de Joaquim Nabuco de que, “em nossa politica e em nossa sociedade, são os órfãos, os abandonados, que vencem a luta, que sobem e governam.”
A forma de educação baseada no não-estímulo à competitividade visava a manter essa estrutura familiar nas relações sociais. E a consequência disso é, com dito, a inibição do atingimento dos padrões modernos de desenvolvimento. Isso foi verificado no processo de urbanização brasileiro, e guarda consequências até hoje.
Tal estrutura é