O homem cordial Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil se inquieta ao se referir ao caráter brasileiro, busca as raízes da formação brasileira e quais as diferenças são observadas em relação aos países estrangeiros. Segundo o autor as raízes estão na força da família, as relações sociais são construídas baseadas nas relações familiares. Os laços familiares são tão presentes que é através deles que os brasileiros passam agir com uma intimidade, uma proximidade, uma relação com o outro de afetividade , como exemplo a relação de vendedores de lojas com seus clientes , o vendedor vai se esforçar ao máximo para que essa relação seja intima , seja uma relação que o cliente se sinta confortável, sinta que pode confiar no vendedor e que isto faça com o que a loja transmita uma sensação de lar para sua clientela. Essa intimidade é vista também na gramática brasileira que difere das gramáticas do outros países que também falam português, no diminutivo , no uso do ''inho'' que cria uma proximidade, cria uma afetividade, como por exemplo “amiguinho” , “priminho”. Em todas as relações brasileiras se busca uma familiaridade, os brasileiros costumam ter antipatia por aquilo que é impessoal. Outro exemplo dessa relação são as relações politicas, os políticos brasileiros procuram fazer parte da família de seus eleitores, procuram demostrar que fazem parte deles , que conhecem suas dificuldades , que sabem como é difícil superar , por exemplo a falta de uma saúde pública de qualidade. O Presidente Vargas foi um exemplo disto , tanto que ficou conhecido pelo povo de “ Pai dos Pobres”. Na política o brasileiro não sabe diferenciar o público do privado, que gera o patrimonialismo, ou seja, o brasileiro aproxima-se do público como algo privado, torna o público um espaço para si,público como seu próprio lar, o público não é do povo. Tanto que os políticos empregam seus familiares em cargos públicos, transformado este espaço público em espaço familiar. Nem os Santos