homem cordial
Os exemplos são muitos e provavelmente você já se deparou com alguma situação em que o nosso lado “malandro” ou o “jeitinho brasileiro” falou mais alto. Para Sérgio Buarque de Holanda, esse hábito do nosso povo é o que o torna um homem cordial, termo presente em um de seus ensaios. A palavra cordial, no entanto, nos leva para um lado mais polido, que não é o sentido que o autor quis atribuir, e ele mesmo se resguarda disso em seu texto. É fato que o brasileiro é conhecido por ser hospitaleiro, alegre e festeiro, mas não seriam tão conhecidos pela educação ou polidez, como os japoneses e outros povos. A palavra cordial, nesse caso, remete ao latim cordis, que significa coração. O homem cordial é, assim, alguém que age com o coração ao invés da razão.
Para o autor, o brasileiro carrega uma herança já de Portugal e, mais do que isso, indígena e africana, que o torna mais voltado à família patriarcal e amizades. Além disso, temos um cenário de poder instaurado que não permite diálogo entre quem governa e quem é governado. Para o homem cordial, a esfera pública é uma extensão da esfera privada, quando elas, na verdade, deveriam ser opostas. Isso gera um problema de entendimento de leis em prol de interesses próprios. Além disso,