Raça e História - Levi-Strauss resumo
A antropologia tem como pecado original a confusão entre a noção puramente biológica de raça e as produções sociológicas e psicológicas das culturas humanas, culturas essas que se apresentam em muito maior número de diversidade do que as raças e trazem consigo muitos questionamentos. As diversidades físicas entre as raças deve-se a variações históricas, geográficas e psicológicas e não há uma suposta evolução. Por tanto, no atual estado da ciência não há nada que nos permita afirmar a superioridade ou inferioridade intelectual de uma raça em ralação a outra.
O homem moderno se coloca à mercê de inúmeras especulações sociológicas e filosóficas na tentativa de compreender e explicar o que as diferenças culturais se mostram pra ele como chocante, isso leva a teoria do falso evolucionismo, ou seja uma tentativa de suprimir a diversidade cultural com a suposição de que todas deveria caminhar na mesma direção, como se houvesse uma cultura mais avançada que a outra. Mas cabe a nó quando levados a qualificar uma cultura ou outra, questionarmos se nosso julgamento não deriva da nossa ignorância quanto aos verdadeiros princípios e interesses de cada uma das culturas, se não classificaremos como cultura cumulativa aquela que mais se parece com a nossa.
O evolucionismo das espécie e o pseudo-evolucionismo que consideramos aqui são bem diferentes. A noção da evolução biológica corresponde a altos coeficientes de probabilidade que se pode encontrar no campo das ciências naturais; ao passo que a evolução cultural ou social só traz um processo sedutor e perigosamente cômodo, de apresentação dos fatos.
O desenvolvimento dos conhecimentos pré-históricos e arqueológicos tende a desdobrar no espaço formas de civilização que éramos levados a imaginar como escalonadas no tempo. O progresso não é nem necessário, nem continuo; ele procede aos saltos. A humanidade em progresso não se parece com um personagem