Matematica
George M. A. Stanic, Universidade da Georgia, EUA
Jeremy Kilpatrick, Universidade da Georgia, EUA
Os problemas ocuparam um lugar central nos currículos desde a antiguidade, mas a resolução de problemas não. Só recentemente apareceram educadores matemáticos aceitando a ideia de que o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas merece especial atenção. Nesta focagem sobre a resolução de problemas tem havido confusão. O termo resolução de problemas transformou-se num slogan englobando diferentes visões do que é a educação, a escolaridade, a Matemática e das razões porque devemos ensinar Matemática em geral e resolução de problemas em particular.
Esta confusão é exemplificada na Agenda para a acção do National Council of
Teachers of Mathematics (1980), que indica que a “resolução de problemas deve ser o foco da Matemática escolar” (p. 1). Na Agenda, a resolução de problemas é caracterizada como uma das 10 “áreas de capacidades básicas2
”. A Agenda assume que há uma relação directa entre a resolução de problemas, nas aulas de Matemática e a resolução de problemas noutras partes da nossa vida. Não há uma clarificação adequada do que é resolução de problemas, porque deveremos fazê-la ou que posição assume no contexto histórico.
Neste artigo, vários são os temas identificados como tendo historicamente caracterizado o papel da resolução de problemas nos currículos escolares. Estes temas estão entrelaçados e mantêm-se largamente por examinar. O que os educadores matemáticos dizem uns aos outros, hoje, acerca da resolução de problemas está ligado a várias tradições diferentes nos campos da Psicologia, do currículo, e do ensino da Matemática.
1 Artigo publicado originalmente no livro The teaching and assessment of mathematical problem solving, de R. I.
Charles e E. A. Silver (Eds.), Reston, VA: NCTM e Lawrence Erlbaum, 1989.
2 No original,