Resumo- Raça e história(Lévi-Strauss)
17 de abril de 2014
O autor se questiona se estamos perante a um estranho paradoxo, fala que todo o progresso cultural é função de uma união entre as culturas, argumenta que esta união fundamenta-se nas possibilidades que cada cultura encontra no seu desenvolvimento histórico, dizendo que esta ligação era mais promovida entre duas culturas diferentes, daí o estranhamento, face a condições contraditórias. Lévi-Strauss diz que se a diversidade é uma condição inicial, devemos reconhecer que as possibilidades de ganhar tornam-se mais fracas à medida que a partida é prolongada.
As desigualdades sociais são o exemplo mais evidente desta solução. O autor fala das grandes revoluções (Neolítica e industrial) dizendo que as mesmas foram acompanhadas não só de uma diversidade do corpo sócia, mas também pelos estatutos diferenciais entre os grupos, principalmente do ponto de vista econômico.
Strauss cita que as descobertas neolíticas contribuíram para a diferenciação social – o aparecimento das castas e classes; enquanto a Revolução Industrial – o surgimento do proletariado-, Até agora, tinha-se tendência para tratar estas transformações sociais como consequência das transformações técnicas, estabelecendo relação de causa e efeito. Lévi-Strauss aponta que voltar a complexidade e a diversidade da situação inicial, é o melhor remédio. Seja por uma diversificação interna ou admissão de novos parceiros.
Porém observa que isso pode apenas afrouxar temporariamente o processo. Afirma que entre dois grupos (Dominante e Dominado), só dessa forma há exploração.
Para progredir, é necessário que os homens colaborem e que identifiquem que a diversidade inicial era precisamente o que torna a colaboração produtiva e necessária.
O autor diz que é dever da humanidade não cair num particularismo cego que tenderia a reservar o privilégio da humanidade a uma raça, a uma cultura ou uma sociedade,