QUESTÕES O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO
Por
ANA LUÍSA DIAS SAMPAIO (Grupo 8)
DRE: 114146217
Trabalho apresentado à professora Simone Perelson, na disciplina Comunicação, Psicologia e Cognição do curso de Comunicação Social
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2015/1
1) Originalmente, o Eu contém tudo, somente mais tarde ele segrega de si o mundo exterior. A partir da frase, explique o conceito de sentimento oceânico, dissertando sobre a relação deste com a origem da religião. Ao dizer que originalmente o Eu contém tudo, Freud faz menção a fase de nascimento do bebê. Este, assim que nasce não separa seu Eu do mundo externo, fazendo com que o seio da mãe, seu objeto de maior desejo graças ao leite materno, sua fonte de alimento, se torne uma extensão do seu corpo e sua principal fonte de prazer e, caso esteja sentindo a falta desse objeto, apenas o simples choro faz despertar o objeto. A aparição deste logo é definida como temporária: há uma relação de continuidade e descontinuidade, que se completam o tempo todo.
O sentimento oceânico seria aquele de ideia de eternidade, que nunca acaba e não possui limites, assim como o oceano. A religião seria a principal fonte de energia para este sentimento, a partir do momento que uma pessoa não se desprende dessa e esta fé, mesmo sem garantia, lhe traz a sensação de uma sobrevida, ou mesmo uma continuação da vida. Para Freud, a religião não passa de uma mera ilusão e que se deve ter a valorização do efêmero. Na fase adulta, o ser humano sente a necessidade de se apegar em algo para continuar suas funções de vida, já que sente falta da sua figura paterna e materna, de proteção, sendo necessário se agarrar na figura de divindade.
Desse modo, as religiões conseguem agregar mais pessoas por conta dessa sensação de conforto que lhes são dadas após o abandono infantil para a fase adulta. Estão em busca de uma universalidade a fim de se proteger dos perigos presentes no mundo externo,