Reflexão sobre o bullyng e o mal-estar na civilização
A partir de aspectos significativos da obra de Freud, O Mal-Estar na Civilização, extraímos a base para nosso trabalho, tendo como tarefa abordar a questão do Bullying, tema que presentemente tem refletido a atual sociedade, principalmente no que tange os mais jovens e adolescentes no âmbito escolar.
Segundo a Lei nº 14.651 de 12 de janeiro de 2009, que trata da questão do bullying no estado de Santa Catarina, “... entende-se por bullying atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo (bully) ou grupo de indivíduos contra outro(s), sem motivação evidente, causando dor, angústia e sofrimento e, executadas em uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimização”. De acordo com essa descrição, podemos citar que na obra de Freud, a questão foi tema central, pois, no bullying vemos a inclinação à agressão de forma clara, os impulsos primitivos e destrutivos do indivíduo se mostram na ação dos que praticam esse ato, deixando as vitimas em situação vulnerável, onde até mesmo pode aparecer o sentimento de culpa deste indivíduo que por ser excluído do grupo e sofrer tais humilhações, acaba considerando que ele mesmo é culpado pela situação, isolando-se da sociedade com um todo, a fim evitar o sofrimento.
Os temas centrais abordados pelo grupo em relação ao “mal-estar da civilização”, abrangem a questão da agressividade, da pulsão de vida e pulsão de morte, da felicidade individual e união com os outros, da evolução individual e evolução cultural, assim como, o sentimento de culpa. Questões que relacionadas ao fenômeno psicológico Bullying aparecem de forma significativa, visto que, este tema apresenta todas as características mais enfatizadas na obra de Freud.
O homem é privado de suas satisfações prazerosas – inclinação à agressão - a fim de conseguir viver em relação com a sociedade, a civilização impõe como todos devem agir, seguindo princípios que tem como intuito realizar o que é útil, belo e organizado.