Queixa escolar
As queixas no âmbito escolar estão ligadas as dificuldades de aprendizagem que acometem os alunos. Com isso veremos que no decorrer dos séculos a psicologia se viu cada vez mais atrelada aos estudos que pudessem esclarecer cada vez mais as dificuldades que os alunos possuem no seu desenvolvimento no âmbito escolar.
As explicações para o “fracasso escolar” foram mudando de tempos em tempos, nos anos 60 o fracasso era remetido a uma minoria social, sendo pessoas de classe baixa que teriam insucesso escolar, conseqüentemente se colocou que as crianças que iam mal na escola teriam deficiências nas varias áreas biopsicossocial devido a sua condição social. Esta teoria da carência cultural contribuiu para fixar crenças e preconceitos em relação aos indivíduos de baixas classes sociais, colocando as causas de uma dificuldade de aprendizagem em uma linguagem errada, um ambiente familiar que deduzem por ser de classe baixa ser agressivo, não permitindo então a este aluno de classe baixa desenvolver suas habilidades motoras e perceptuais porque vive num ambiente pobre de oportunidades, com isso nos deparamos com explicações que se reduzem a deduções segundo uma visão do que poderia ser e desenvolver pessoas que possuem poucas oportunidades devido a sua classe social.
Posteriormente na produção cientifica a preocupação de explicar esta demanda de queixa escolar evolui para outra posição, o que era chamado de deficiência cultural, foi substituído por uma diferença cultural.
“Afirma-se que as crianças das camadas populares não têm deficiência de linguagem, mas falam uma linguagem diferente daquela da criança de classe média e alta; resolvem problemas de formas diferentes e têm toda uma experiência de vida diferente da experiência de vida da criança de classe média e classe alta. As dificuldades de aprendizagem, nesse contexto, dever-se-iam basicamente ao fato de que a escola não estaria levando em