Queijo minas
Queijo minas é uma denominação genérica, conhecida no Brasil todo. Até o IBGE, ao se referir a queijos de coalho de outras regiões, chama-os de “queijo minas”. Queijo minas é “tipo”.
História
Jean-Baptiste Debret chegou ao Brasil em 1816, para ser o pintor da família real e foi um dos primeiros viajantes a notar que o país possuía um produto diferente, consumido ao final das refeições, o queijo de minas.
Outro viajante, Auguste de Saint-Hilaire, que provou a iguaria no começo do século XIX, deu a receita: “Tão logo o leite é tirado coloca-se nele o coalho, o que o faz talhar-se instantaneamente. O coalho mais usado é o de capivara, por ser mais facilmente encontrado. As fôrmas são de madeira e de feitio circular, tendo o espaço livre interno mais ou menos o tamanho de um pires. (...) O leite talhado é colocado dentro delas em pequenos pedaços, até enche- las. Em seguida a massa é espremida com a mão, e o leite cai dentro de uma gamela colocada em baixo. À medida que a massa é talhada vai sendo comprimida na fôrma, nova porção é acrescentada, continuando-se a espremê-la até que a fôrma fique cheia de uma massa totalmente compacta. Cobre-se de sal a parte superior do queijo, e assim ele é deixado até a noite, quando então é virado ao contrário, pulverizando-se também de sal a parte agora exposta”.
Auguste de Saint-Hilaire, na obra “Viagem as Nascente do Rio São Francisco”, e J. Emanuel Pohl (1818) no seu livro “Viagem ao Interior do Brasil” registram o queijo artesanal como produto típico da economia regional.
Naquela época, devido às dificuldades de transporte, o queijo chegava a ser comercializado com 30 a 60 dias de maturação. A partir dos anos 1970, com a melhoria das estadas e dos transportes, o queijo já chega fresco ao mercado consumidor, com menos de uma semana de fabricação, sendo o preferido dos consumidores.
Há mais de 200 anos a maneira de fazer o queijo mudou muito pouco, já não se usa o coalho de capivara. Assim como os vinhos, o