Quais são as mudanças da gestão e organização do trabalho, inspiradas no modelo japonês/toyotismo e como se diferenciam do padrão anterior (Taylorismo/Fordismo)?
Na década de 1980 ocorreu uma revolução técnica do capitalismo e novos processos produtivos surgiram, deixando assim, o fordismo/taylorismo de ser o modelo hegemônico no processo de trabalho. Não acarretando no aniquilamento deste modelo de produção, havendo na verdade, a combinação destes padrões com os novos, no intuito de aprimorá-los.
Dentre os modelos de produção destacaremos o toyotismo criado após a Segunda Guerra Mundial no Japão, mas precisamente nas fábricas de automóvel Toyota. Este nasce em combate ao sindicalismo de classe e em consonância com as necessidades da conjuntura japonesa, que comparada com os Estados Unidos, possuía um mercado consumidor mais reduzido. Com isto, não havia a necessidade da produção em massa e de grandes estoques, e a produção passou a ser conforme a demanda dos consumidores, não sendo mais padronizada, mas sim diversificada e com a qualidade. Assim, com a flexibilização da acumulação há possibilidade de alteração da produção de acordo com as mudanças do mercado, e de respondê-las com mais agilidade diferentemente do processo de produção em massa característico do modelo fordista.
A relação entre homem/máquina modifica-se, pois é atribuído ao trabalhador mais de uma função, levando a este a utilizar mais de uma máquina, deixando de ser, desta forma, um trabalho parcelado como na linha de montagem fordista, introduzindo a polivalência do trabalhador.
Portanto, com a introdução deste processo produtivo podemos notar a modificação na relação de trabalho, pois passa a demandar da força de trabalho um envolvimento com todo o universo fabril, inclusive com a ideologia perpassada pela empresa. É exigido deste trabalhador maior qualificação, participação e para que este “vista a camisa” da empresa. Podemos perceber isto, ao passo que, hoje em dia, o trabalhador não