Adeus ao trabalho?
A Crise Contemporânea e as Metamorfoses ....................................... Referências bibliográficas PREFÁCIO À 7a EDIÇÃO
Adeus ao Trabalho? teve sua primeira edição publicada em 1995. Tem agora, em 2000, sua 7ª edição, pela primeira vez revista e ampliada. O objetivo central do livro foi, então, num momento de forte questionamento ao significado da categoria Trabalho, problematizar, polemizar e mesmo contestar as teses que defendiam o fim da centralidade do trabalho no mundo capitalista contemporâneo. Teses que tiveram várias conseqüências e repercussões no interior das universidades, das esquerdas, dos movimentos sociais, dos sindicatos e do próprio movimento dos trabalhadores, uma vez que, implícita ou explicitamente, alguns de seus principais formuladores recusavam-se, no fundo, a reconhecer o papel central da classe trabalhadora na transformação societal contemporânea. Ao questionar o papel de centralidade do Trabalho na sociedade capitalista contemporânea, um prolongamento analítico e também político se desdobrava: a classe trabalhadora já não se mostraria mais potencialidade contestadora, rebelde, capaz de transformar a ordem capitalista. Coerente com a fragmentação "pós-moderna", com o culto fetichizado do ideário dominante, estas formulações, em grande medida, recusavam-se a reconhecer o sentido ativo e transformador do trabalho e da classe trabalhadora. Foi como uma primeira resposta crítica a estas formulações que escrevemos Adeus ao Trabalho?. Nele procuramos oferecer alguns elementos centrais para a recusa daquelas teses, carentes de sustentação, tanto empírica como analítica. Podemos dizer, então, que continuamos sustentando fortemente nossas teses, uma vez que a literatura que vem sendo