Artigo a sindrome do sapo fervido
É inegável a velocidade e a intensidade das transformações sociais, políticas e econômicas em todo o mundo e, particularmente, no nosso Brasil, face à nova ordem política e econômica.
É fácil, para o leitor, concordar com essa colocação como observador do nosso cenário. Mas o que tem sido feito para acompanhar essas mudanças tão turbulentas? Que respostas têm sido dadas às pressões do ambiente externo?
É aqui que entra a síndrome do sapo fervido. Vários estudos biológicos provaram que um sapo colocado em um recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente, já com água fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Alguns de nós temos o comportamento similar ao do sapo fervido. Não percebemos as mudanças, achando "que está tudo bem", "que vai passar", "que é só dar um tempo"! Alguns fracassam, morrendo inchadinhos e felizes, sem terem percebido as mudanças. Outros, graças a Deus, ao serem confrontados com as transformações, pulam, saltam...
Temos vários sapos fervidos por aí. Prestes a morrer, porém, boiando estáveis e impávidos, na água que se aquece a cada minuto.
Fizemos , durante muitos anos, o culto ao individualismo e a turbulência exige, hoje, o esforço coletivo, que é a essência da eficácia como reposta. Tomar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.
Os sapos fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência, que, manda quem pode e obedece quem tem juízo, "boiarão" no mundo da produtividade, da qualidade e da responsabilidade como cidadãos.
Acordem,