Pós-fordismo e as mudanças de ênfase ao trabalhador
O sistema de trabalho da Era Fordista, tratava o trabalhador como mera continuação da maquina utilizada em suas atividades. Este realizava jornadas intensas, cansativas e principalmente repetitivas de trabalho mal pago e explorador, pois, quanto menos se pagava, e mais se trabalhavam, maiores eram os lucros, e este era o objetivo maior da Era Fordista. Portanto, não era de grande relevância a capacidade intelectual do trabalhador ou sua vida fora da fábrica, mas sim, sua capacidade de produção, quando submetido a uma jornada exaustiva de trabalho. Posto isso,o trabalhador era praticamente privado de levar uma vida social plena, pois seu trabalho lhe consumia a maior parte do tempo e ânimo. Porém, da década de 1960 até início de 1970, surge a idéia de uma sociedade pós-industrial. O objetivo das idéias discutidas nesse período era tentar diminuir a intervenção do Estado e abandonar as idéias de planejamento central (características do período pós-guerra) dando lugar a idéias liberais. Tais idéias surgiram também, por conseqüência da crise do petróleo de 1973, quando foi possível observar um novo estado de espírito no mundo ocidental, onde a ênfase agora era a critica aos “limites do crescimento”, ao potencial dinâmico do industrialismo e como este poderia ser contido, e não mais explorado. Juntamente com essas idéias, surgiram às novas exigências e demandas do mercado consumidor moderno, que agora exigia cada vez mais, produtos variados produzidos de acordo com o gosto do cliente e em quantidades menores e não mais produtos em escala. Além disso, já não era mais possível manter o lucro pleno a partir apenas do equilíbrio entre produção e consumo, emprego e produtividade, as sociedades capitalistas evoluíram para um novo modelo produtivo, que combina taxas variadas de emprego (estáveis e flexíveis), produção e consumo, maximizando ganhos a partir das diferentes formas de contratação da