Gestao do conhecimento
As normas técnicas sobre gestão ambiental e as de certificação e acreditação têm potencial de se transformar em barreiras comerciais, tanto no mercado externo quanto no interno, causando impactos significativos nas cadeias produtivas. Além disso, atualmente, há uma tendência nos fóruns legislativos estaduais e federais em tornar leis essas normas, que, na verdade, são de adoção voluntária.
No Brasil, o ABNT/CB-38 (Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas) produz e dissemina normas brasileiras relacionadas à gestão ambiental, considerando o contexto internacional e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira. O comitê acompanha e analisa os trabalhos desenvolvidos pela ISO/TC 207 (International Organization for Standardization/Technical Committee 207), bem como participa de sua elaboração no sentido de minimizar os impactos das normas nas organizações brasileiras, procurando levar em conta as especificidades da atividade produtiva do País.
A Fiesp, por meio do DMA, é membro cotista do ABNT/CB-38 desde dezembro de 2000, o que lhe garante o direito de voto no Comitê e a coordenação de subcomitês (SC). Esses subcomitês, com suas comissões de estudos e grupos de trabalho, estudam e avaliam os documentos dos subcomitês internacionais da ISO, procurando apontar o potencial de comprometimento da competitividade brasileira em cada norma, assim como as eventuais divergências entre as normas propostas e a legislação e as convenções internacionais firmadas pelo Brasil. Hoje, estão em funcionamento nove subcomitês, tendo a Fiesp a coordenação, desde 2001, do SC-07 Aspectos Ambientais em Projetos de Produtos.
Por meio do SC-07, tem-se acompanhado a elaboração das normas da série ISO 14000, principalmente as relacionadas à Avaliação do Ciclo de Vida (ACV; ISO 14040 e 14044), de especial interesse, dado que a norma de rotulagem Tipo III