PSICOTERAPIA DINÂMICA BREVE

LIVRO:
AZEVEDO, M.A.S.B. - Psicoterapia Dinâmica Breve. Saúde Mental Comunitária. S.Carlos: RIMA, 2004, 2ª.edição.

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Maria Alice S. B. de Azevedo

Venho acompanhando e constatando a grande difusão e aceitação da Psicoterapia Dinâmica Breve, assim como o crescente interesse pela mesma e sua valorização por parte dos profissionais da área da saúde mental, em nosso meio clínico, nos últimos 30 anos. Em 1980, quando defendi a minha dissertação de mestrado, “A aplicabilidade da Psicoterapia Breve na psicologia clínica comunitária brasileira”, na PUC/CAMP, sob a orientação do meu mestre e orientador Dr. Maurício Knobel, a Psicoterapia Breve era ainda pouco difundida em nosso meio clínico e era tratada com reservas por muitos psicólogos e psicoterapeutas e até com certo ceticismo, sendo considerada uma “psicoterapia menor”, de pouca confiabilidade terapêutica. Na época prevalecia, em nosso meio, um apego irrestrito ao modelo de terapia psicanalítica a longo prazo e a idealização da mesma.

Atualmente, por razões pragmáticas, a Psicoterapia Dinâmica Breve vem, progressivamente, ganhando espaço no campo da saúde mental no Brasil e no exterior, devido à flagrante insuficiência dos métodos terapêuticos tradicionais em atenderem as amplas necessidades de atendimento psicológico da população. Ela apresenta-se como a alternativa psicoterápica mais viável para atender a demanda crescente de assistência psicológica e para a expansão do movimento de saúde mental comunitária, ora em desenvolvimento no país. Hoje a vemos sendo aplicada com freqüência nos serviços psicológicos instalados nos mais variados contextos: em instituições de saúde, de ensino, hospitais, clínicas-escolas, organizacões, e em consultórios. Também constatamos um