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PSICOTERAPIA DINÂMINA BREVE: QUEBRANDO A BARREIRA DO TEMPO **
Azevedo, M.A.S.B* A preocupação com a longa duração do processo terapêutico psicanalítico é uma questão antiga, expressa pelo próprio Freud, inicialmente, em trabalho apresentado durante o V Congresso Internacional de Psicanálise, em Budapeste, em 1918. Neste trabalho, publicado em 1919 com o título de “Linhas de Progresso na Terapia Psicanalítica”, ele prevê a possibilidade da técnica psicanalítica clássica não ser adequada às futuras demandas colocadas pelos problemas de saúde mental e antevê futuros desenvolvimentos na técnica psicanalítica, a fim de vir a ser possível ampliar o alcance da psicanálise e tornar possível beneficiar um maior número de pessoas necessitadas de ajuda psicológica. Ele, também, dá ênfase aos métodos ativos e nos lembra que as neuroses ameaçam a saúde pública tanto quanto a tuberculose. Além disso, faz um alerta aos psicanalistas do futuro, dizendo que os mesmos defrontar-se-iam, então, “com a tarefa de adaptar a nova técnica às novas condições” e que “qualquer que seja a forma que essa psicoterapia para o povo assumir, quaisquer que sejam os elementos dos quais se componha, os seus ingredientes mais efetivos e mais importantes continuará a ser, certamente, aqueles tomados à psicanálise estrita e não tendenciosa” (FREUD, 1919). Diz ele que será necessário fundir o ouro puro da psicanálise com o cobre dos outros métodos para vir a ser possível oferecer psicoterapia em mais ampla escala. Reconheceu ele, assim, as dificuldades de se utilizar a técnica padrão para um atendimento mais amplo da população. Esse trabalho de Freud é pouco conhecido. Muitos psicanalistas o desconhecem ou o ignoram. No entanto, nele Freud dá o seu aval para o desenvolvimento da psicoterapia breve de orientação psicanalítica, ou seja, a psicoterapia dinâmica breve. Alguns casos clínicos atendidos por Freud no início de sua carreira são considerados, atualmente, exemplos de terapia breve. O processo