Intervenção em Crise
Disciplina: Intervenção em Situações de Crise
INTERVENÇÃO EM CRISE
O desenvolvimento da teoria e das técnicas das intervenções psicoterápicas em crise ocorreu principalmente em duas linhas paralelas, as quais influenciaram-se mutuamente. A primeira delas foi a da teoria das crises e a segunda, as tentativas de alguns psicanalistas de obterem resultados terapêuticos mais rapidamente do que na psicanálise.
De um lado, a psicanálise construía suas teorias à medida que desenvolvia suas técnicas; as descobertas da dinâmica do inconsciente conduziam os tratamentos a se alongarem. De outro lado, à medida que se difundia, a pressão da demanda exigia maior diversidade de aplicações dos novos conhecimentos psicanalíticos.
Em 1960, Michael Balint e sua esposa Enid desenvolveram uma psicoterapia de curto prazo e concluíram que a nova técnica era suplementar e não contrária à psicanálise. Em seguida surgiram contemporâneos como Sifneos, com sua psicoterapia breve provocadora de ansiedade, Davandoo, com a psicoterapia breve dinâmica, Klerman e a psicoterapia interpessoal, Beck e a psicoterapia cognitiva, entre outros.
Dos anos 80 até os dias de hoje multiplicaram-se os trabalhos sobre a intervenção na crise que, em geral, busca a resolução psicológica de uma crise imediata na vida do indivíduo e seu retorno, pelo menos, ao nível de funcionamento existente antes do período de crise (Aguilera, 1990).
Dois tipos de psicoterapia foram postulados por Sifneos (1976): as supressoras de ansiedade (ou de apoio) e as provocadoras de ansiedade (ou dinâmica).
As supressoras de ansiedade têm por objetivo diminuir ou eliminar a ansiedade através do uso de técnicas de apoio, tais como reasseguramento, técnicas de relaxamento e manipulação do ambiente; e, se necessário, hospitalização e medicação.
As provocadoras de ansiedade têm por objetivo proporcionar algum nível de insight, utilizando clarificação, confrontação e perguntas que estimulem a