Psicopedagogia
A Psicopedagogia organizou-se no país por volta dos anos 50 e 60, com a divulgação da abordagem psiconeurológica do desenvolvimento humano, largamente difundida nessa época em nosso meio. Inicialmente, os profissionais psicopedagogos ficaram mais restritos a essa linha de análise. Na década de 90, as contribuições da Sociolinguística e da Psicolinguística, as novas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a aprendizagem, bem como as inúmeras pesquisas sobre o peso dos fatores intra-escolares na determinação do fracasso escolar, tem oferecido aos profissionais psicopedagogos uma visão mais crítica e abrangente de seu próprio trabalho. Há alguns anos atrás, a falta de clareza a respeito de problemas de aprendizagem fazia com que os alunos com dificuldades fossem encaminhados concomitantemente para profissionais das mais diversas áreas de atuação. Pouco a pouco, foi se criando a consciência da necessidade de uma formação mais globalizante e consistente, que unisse a ação educacional na figura de um único indivíduo, apto para integrar conhecimentos e para atuar de maneira mais objetiva e eficaz. Assim, os atendimentos antes dispersos entre várias pessoas poderiam centrar-se num só profissional, facilitando o vínculo do aluno com o processo de aprendizagem e o resgate do prazer de aprender e desenvolver-se.
Entendemos que uma ação psicopedagógica desempenha um papel importante sobre os problemas reais de aprendizagem. Ao mesmo tempo, percebemos que a Psicopedagogia, inicialmente restrita ao atendimento em clínicas particulares, pouco a pouco vem se ampliando e contribuindo também para a diminuição dos problemas de aprendizagem nas escolas e para a redução dos altos índices de fracasso escolar. Por não saberem ao certo como definir o problema de aprendizagem, a escola confunde, por exemplo, uma simples inversão de letras, ocorrência normal ao processo de aprendizagem e atribuem à criança um