psicologia
BRASILEIRA: NOVOS CAMINHOS RUMO A UMA SOCIOLOGIA CRÍTICA
A ideia deste texto é analisar a desigualdade social e a invisibilidade social, a partir da visão dos autores Jessé Souza e Fernando Braga da Costa. Tais autores analisam em suas obras os diversos atores sociais construidos na sociedade brasileira e a partir de noções como o personalismo, o familismo, o patrimonialismo e a explicação do jeito de ser brasileiro. A sociologia de Jessé Souza provoca um desconforto inicial no leitor por desfazer com rapidez obras que há décadas são difundidas nas ciências sociais e que faziam parte do imaginário do povo, pois o autor crítica autores como Sérgio Buarque de Hollanda, Faoro e DaMatta e suas respectivas obras Raízes do Brasil (1936), Os donos do poder (1958) e Carnavais, malandros e heróis (1979). O que Jessé Souza pretendia não era causar desconfortos, e sim mostrar uma nova visão e apresentar teorias que possam explicar o Brasil e sua gente. Para o autor é necessário articular a história de vida desses sujeitos invisíveis na sociedade com teorias sólidas, buscar explicações macrossociológicas para compreender a constituição social dos brasileiros. Jessé souza juntou teorias, consideradas por ele essenciais para descrever fenômenos sociais e compreender o processo de modernização periférica de países como o Brasil e de outros países da América Latina. Souza iniciou um projeto em A modernização seletiva, acusando a falta de autenticidade da sociologia brasileira, ou seja, de “[...] uma abordagem sociológica que articula o iberismo com uma comparação superficial entre o Brasil e os Estados Unidos, desprezando a variedade dentro da modernidade ocidental e não levando suficientemente em consideração os elementos específicos da formação brasileira.” (AVRITZER, 2001, p. 166). Ele vai acusar as obras de Hollanda, Faoro e DaMatta de reproduzirem o modelo norte americano. Jessé Souza critica obras de