Psicologia organizacional
Jack Definitivo
Segredos do executivo do século
Algumas experiências da juventude permanecem presentes durante toda a vida. Aos 65 anos, o lendário Jack Welch começa o livro relembrando um jogo de hóquei sobre gelo que disputou na adolescência. Ele era co-capitão de um time que vencera os três primeiros jogos da temporada, perdera os seis seguintes e estava disputando o último do ano.
O jogo começou equilibrado, mas os adversários conseguiram vantagem na prorrogação. Em um ataque de frustração, Welch lançou o taco ao outro lado da pista, depois patinou até alcançá-lo e se dirigiu ao vestiário, onde seus companheiros já estavam tirando os patins e o uniforme.
Minutos depois, abriu-se a porta e por ela entrou a mãe de Jack, que andou rapidamente em sua direção. O silêncio foi absoluto; todos os olhos estavam fixos naquela mulher irlandesa de meia-idade e vestido florido. Ela cruzou o vestiário, parou diante do filho e, segurando-o pela camiseta, lhe disse bem na cara: “Você é um medíocre! Se não souber perder, nunca saberá vencer”.
Welch reconhece que a mãe foi a pessoa que mais o influenciou.
Grace, a quem o filho descreve como “rude e agressiva, carinhosa e generosa”, sabia julgar o caráter das pessoas e podia reconhecer um far-
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sante a quilômetros de distância. Welch atribui a ela muitas de suas convicções sobre como dirigir uma empresa. Entre outras atitudes, competir duramente para vencer, enfrentar a realidade, motivar as pessoas com estímulos e sanções, determinar objetivos que possam ser ajustados à medida que se avança e acompanhar constantemente os funcionários para garantir o cumprimento das tarefas.
No entanto, o que mais Welch agradece à mãe é a confiança em si mesmo que ela lhe transmitiu. Em sua opinião, a confiança é condição essencial para assumir riscos e para se atrever a pôr em jogo muito mais do que se consegue imaginar. Essa é uma característica fundamental dos bons executivos, que devem ter a capacidade de