Psicologia jurídica - síndrome de pirandello
A psicologia atua a partir da identificação de conteúdos armazenados na mente das pessoas, desenvolvendo um panorama sintético dos elementos que são utilizados para construir uma realidade. Segundo o chefe do departamento de neurologia da Universidade de Iowa, António Damásio, utilizamos nossa mente não para descobrir os fatos, mas sim, para encobri-los, ainda que nem sempre de maneira intencional.
Uma investigação psicológica só é considerada produtiva e enriquecedora, quando o paciente consegue identificar elementos desconhecidos por ele próprio, que o impulsionam em direção a comportamentos indesejáveis, e também à angústia e insegurança. O ponto de partida de uma investigação psicológica é uma análise sistêmica dos fenômenos mentais que ocorrem para formar as imagens, das quais, o cérebro se vale para compor os conteúdos com os quais o psiquismo trabalha.
A ligação estabelecida entre o funcionamento dos mecanismos mentais no registro e a interpretação dos estímulos que impressionam o cérebro e dão origem à realidade psíquica, é sustentada pelos acontecimentos cotidianos que acontecem na vida das pessoas. Em cada situação corriqueira, existe um panorama diferente de pensamento, obviamente porque as pessoas não têm as mesmas reflexões e ideais em determinados assuntos. É exatamente por isso, que cada um tem seu ponto de vista em relação a algum assunto ou acontecimento. Cada pessoa se atenta a um detalhe diferenciado, o que possibilita que se tenham milhares de visões diferentes de um mesmo assunto, tema, etc.
A psicologia é a ciência capaz de reconhecer que o humano constitui uma entidade total que inclui o corpo e a mente, na qual o cérebro é a audiência cativa do corpo. Isso só é possível graças às funções mental superiores que são uma espécie de programação pela qual o indivíduo desenvolve imagens mentais de si mesmo e do mundo que o rodeia, interpretando os estímulos que recebe, elaborando a realidade psíquica e emitindo