Psicologia Juridica
PSICOLOGIA JURÍDICA
“As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello)”
O primeiro capítulo do livro “Psicologia Jurídica” de José Osmir Fiorelli aborda, de modo aprofundado, sobre as funções mentais superiores que compõem a chamada “realidade psíquica” de cada indivíduo. Primeiramente, o autor cita três casos recorrentes nos dias de hoje. O primeiro caso relata um acidente de carro; o segundo, violência familiar o qual resulta em separação litigiosa; e por fim, o terceiro narra um caso de estupro de menor.
Por meio deles, é possível formar um vínculo entre os comportamentos dos envolvidos nos conflitos e o funcionamento dos mecanismos mentais e interpretação dos estímulos que são codificados no cérebro e dão origem a tal “realidade psíquica”. Os três casos, ao longo do capítulo, são retomados com o objetivo de mostrar os fenômenos psicofisiológicos ao quais estão submetidos os envolvidos.
Fiorelli refere-se as funções mentais superiores como uma espécie de programação da qual os indivíduos desenvolvem imagens mentais, interpretam os estímulos recebidos e emitem comportamentos. Na obra, essas funções são separadas para melhor entendimento do leitor.
Os comportamentos –formadores das funções mentais superiores- citados são: a emoção (protagonista), a sensação, a percepção, a atenção, a memória, o pensamento e a linguagem. A sensação e a percepção possuem uma ligação direta, pois primeiro vem à recepção do estímulo e sua interpretação, e, depois a sensação que o estímulo recebido gera no corpo do indivíduo. Existem fatores que afetam a percepção dos estímulos como a captura visual, as características particulares do estímulo, as experiências anteriores com estímulos iguais ou semelhantes, conhecimentos do indivíduo, crenças e valores, emoções e expectativas envolvendo o estímulo e, por fim, a situação na qual a percepção acontece.
A atenção possibilita filtrar os estímulos, descartando os ignorados do processo de