psicologia escolar
4) Introdução
a) Apresentação:
Nos últimos anos, o termo distúrbio de aprendizagem tem despertado grandes discussões relacionadas à definição, fatores causais e procedimentos terapêuticos. Esses debates levantaram questões importantes, dentre as quais, a discussão referente a qual profissional está habilitado para intervir, tanto preventiva quanto terapeuticamente.
Os distúrbios de aprendizagem podem ser encontrados em crianças, adolescentes e pessoas na fase adulta. Eles geram dificuldades que estão presentes no cotidiano da escola sendo enfrentadas por educadores e também pelos responsáveis e demais pessoas que convivem com indivíduos detentores desses problemas. Muitas vezes, crianças e adolescentes têm sua imagem denegrida por adjetivos como, por exemplo, preguiçosas e desinteressadas em função da falta de conhecimentos de seus educadores. Existe um grande número de professores que desconhecem os distúrbios de aprendizagem e não possuem as capacidades necessárias para lidar com eles, agindo de forma errônea na execução do seu trabalho.
As próprias crianças são o alvo para explicar o fracasso escolar e as responsabilidades por não aprenderem são atribuídas a elas mesmas. Em muitos casos, é desenvolvida uma autoestima negativa e isso pode ser levado até a vida adulta. Além de prejudicar de forma particular essas crianças, ainda impede o desenvolvimento do processo de ensino de uma maneira geral, isentando o sistema de ensino de qualquer erro ou defasagem em sua qualidade.
Muitas crianças podem não apresentar nenhum fator externo a ela e mesmo assim não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas. É o caso das crianças com distúrbio de aprendizagem, cujas limitações intrínsecas se manifestam através de déficits linguísticos, alteração no processamento auditivo e outros vários fatores que podem prejudicar significativamente o aprendizado da leitura e da