Psicologia do Trabalho
O entrevistado que escolhi foi meu pai. Ele é bancário e é funcionário da Caixa Econômica Federal.
Formulei algumas perguntas e fiz algumas anotações às quais apresentarei abaixo com as devidas respostas:
- Como se sente após uma jornada de trabalho?
“Ansioso para chegar em casa. Quero estar com a família.”
- Você se identifica com o seu trabalho?
“Não.”
- Você trocaria o seu trabalho por outro na sua área de formação?
“Eu tenho pensado muito nisso.”
- O que mais lhe prejudica para efetuar seu trabalho?
“As pessoas não têm valores, são capazes de tudo para passar por cima de você, principalmente os mais novos. Existe uma disputa por dinheiro. Eles não visam o trabalho, mas o dinheiro.”
- Durante as férias você não tem vontade de retornar logo ao trabalho?
“Trabalhar faz parte de mim, mas férias é férias.”
- Você não sente prazer no trabalho?
“Trabalhar ainda é um prazer. A questão é filosófica.”
- Você acha que o seu trabalho está atingindo sua saúde?
“Como vai de encontro com a formação que tive, é claro que isto afeta minha saúde. Provoca até desânimo!”
Valendo-me do componente teórico, pude perceber no discurso do entrevistado uma profunda identificação com a ação de trabalhar, há uma realização em estar trabalhando, porém o que o prejudica e de alguma forma o adoece é a questão do ambiente de trabalho, as relações envolvidas no trabalho que conflitam com seus valores. Como ele mesmo havia dito: “é uma questão filosófica”, portanto são interpenetrações de fatores intersubjetivos que o levam a um desgaste psíquico. Para ele, o problema não está em trabalhar, mas o problema está no seu ambiente trabalho.
Esta realidade me faz questionar qual a atenção que se tem dado à saúde do trabalhador e que meios se tem desenvolvido para atender aos desafios com os quais se deparam os trabalhadores no seu ambiente de trabalho.
Segundo o entrevistado, é de interesse da chefia