Psicologia Aplicada a Administração

Sim. Aqui está você. O cara do corredor, da piscada quase fatal, que tantas vezes me fez dar uma olhadinha pra trás só mesmo pra guardar a imagem na cabeça: jaqueta jeans, andar despojado, voz e papo extremamente agradáveis.
Porque mesmo que eu tente explicar tudo que eu vi em você, nada do que eu disser, absolutamente nada, vai chegar perto do que eu realmente vi. E foram tantas coisas que, exemplificá-las, renderia, quem sabe, um espaço mais do que significativo desse texto. Não é isso o que eu quero. O que eu vi, o que eu deixei de ver, é só meu. De mais ninguém. Talvez seja egoísmo, talvez não. Confesso que algumas coisas, aquelas que me fizeram ”parar” por alguns instantes, eu prefiro guardar só comigo.
O relógio não para mas eu gostaria que o fizesse. De vez em quando eu trato de pedir isso bem baixinho, que é pra você não ouvir. Tento um acordo, quem sabe funcione.
Me pego refletindo umas coisas sem muita cronologia mas que, pra mim, fazem todo o sentido do mundo. O mesmo cara do corredor, do jeito safo, das conversas sobre coisas descontraídas, é o mesmo cara que me desperta - todos os dias - o frio na barriga que eu sempre quis sentir, é o cara que tem uma porção de livros em casa, dos quais eu sempre gasto um tempo percorrendo os olhos. É o cara que me faz um pouco mais feliz a cada dia, só pela companhia. Só pelo prazer de estar perto, assistindo a um filme, deitada em seus braços, pés com pés e milhares de enlaces, da conversa sem foco algum, já que eu engato um assunto no outro e nem me dou o trabalho de dizer ”mudando de assunto…”. Ainda estou aprendendo. É o mesmo cara que parece me enxergar sempre melhor do que eu sou, me fazendo sentir mais mulher, mais eu mesma do que em qualquer outra ocasião. O cara que faz do meu corpo um mapa e se deixa perder por cada estrada, mesmo sabendo de cór o caminho ou os milhares de atalhos. O mesmo cara que pega na minha cintura e diz coisas indizíveis e me enlouquece de tesão, arrepiando cada parte de mim, é o