Poder do Estado x Liberdades Individuais
Norberto Bobbio cita a INCLUSIVIDADE como uma das características distintivas do poder estatal. Esta característica significa que, em princípio, nenhuma esfera da vida social encontra-se fora do alcance da intervenção do Estado. Contudo, cabe ao Estado definir as áreas em que irá ou não intervir, para que se transforme ou não em um Estado totalitário.
Caso emblemático é recente episódio ocorrido nos Estados Unidos, país que sempre se orgulhou de ser o mais democrático do mundo e que sempre respeitou as liberdades individuais.
Logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, criou-se uma verdadeira lei de exceção, em que foram desrespeitadas várias prerrogativas basilares do Estado americano, desde sua fundação.
Várias pessoas passaram a ser espionadas e até mesmo presas sem qualquer julgamento justo, na famosa prisão de Guantánamo. Tornando-se, ainda, famosos os episódios de desrespeito aos direitos humanos ocorridos nesta prisão.
Durante toda a história recente da humanidade, especialmente a partir do século XX, ocorreram diversos exemplos de Estados democráticos que passaram ao totalitarismo, muitos com o apoio da maioria da população, sendo mais famosos os casos da Rússia (Stalin), Alemanha (Hitler) e Itália (Mussolini).
Mais recentemente, em 1979, o Irã, que até então era um Estado democrático, após uma revolução comandada por religiosos, passou a ser um Estado comandado por aiatolás, líderes religiosos da religião muçulmana, suprimindo todos as liberdades individuais, especialmente das mulheres, e passou a pregar o ódio a outras religiões e a destruição total do Estado de Israel.
Como se vê, a linha que distingue um Estado Democrático de Direito de um Estado Totalitário pode ser muito visível, mas, às vezes, ela pode desaparecer repentinamente.
Os exemplos mais recentes, como os casos de espionagem envolvendo os EUA, em que altas autoridades de