Psicogênese da lingua escrita
Faculdade de Ciências e Tecnologia – Departamento de Educação
Psicogênese da Língua Escrita: contribuições,
CONTEÚDO E DIDÁTICA DE ALFABETIZAÇÃOL
Onaide Schwartz Mendonça
UNESP/Presidente Prudente
Olympio Correa de Mendonça
Faculdade de Ciências e Letras – UNESP/Assis Faculdades Adamantinenses Integradas/Adamantina
Resumo: Neste trabalho são apresentados resultados da pesquisa Psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, em seus aspectos linguísticos pertinentes à alfabetização, bem como se discute a aplicação dessa teoria com suas contribuições, equívocos e consequências. As autoras descrevem o aprendiz formulando hipóteses a respeito do código, percorrendo um caminho que pode ser representado nos níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Essa construção demonstra a pesquisa, segue uma linha regular, organizada em três grandes períodos: 1º) o da distinção entre o modo de representação icônica (imagens) ou não icônica (letras, números, sinais); 2º) o da construção de formas de diferenciação, controle progressivo das variações sobre o eixo qualitativo (variedade de grafias) e o eixo quantitativo (quantidade de grafias). Esses dois períodos configuram a fase pré-linguística ou pré-silábica; 3º) o da fonetização da escrita, quando aparecem suas atribuições de sonorização, iniciado pelo período silábico e terminando no alfabético. Assim, sua aplicação se fundamenta no pressuposto de que a escrita é uma construção real como sistema de representação historicamente acumulada pela humanidade, e pela criança que se alfabetiza, embora não reinvente as letras e os números. Deste modo, buscou-se superar o artificialismo dos textos das cartilhas e as práticas mecânicas dos métodos tradicionais de tal forma que o próprio aprendiz construísse e adquirisse conhecimentos. Entretanto, a má interpretação dessa proposta levou a equívocos como a exclusão de conteúdos