Pré-história da antropologia
INTRODUÇÃO
Apresentarei a seguir um breve resumo sobre a pré-história da antropologia onde o homem era apresentado como selvagem e tinha um comportamento diferente da nossa atualidade. Viviam no mato e não tinha a crueldade que é vista hoje.
A PRÉ- HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA
O Renascimento explora espaços até então desconhecidos e começa a elaborar discursos sobre os habitantes que povoam aqueles espaços. Aqueles que acabaram de serem descobertos pertencem à humanidade?
A FIGURA DO MAU SELVAGEM E DO BOM CIVILIZADO
A extrema diversidade das sociedades humanas raramente apareceu aos homens como um fato, e sim como uma aberração exigindo uma justificação. O renascimento, os séculos XVII e XVIII falavam de naturais ou de selvagens (isto é, seres da floresta), opondo assim a animalidade à humanidade. Essa atitude, que consiste em expulsar da cultura, isto é, para a natureza todos aqueles que não participam da faixa de humanidade à qual pertencemos e com a qual nos identificamos, é, como lembra Lévi-Strauss, a mais comum a toda a humanidade, e, em especial, a mais característica dos "selvagens". Entre os critérios utilizados a partir do século XIV pelos europeus para julgar se convém conferir aos índios um estatuto humano, além do critério religioso do qual já falamos, e que pede, na configuração na qual nos situamos, uma resposta negativa (sem religião nenhuma, são mais diabos), citaremos: a aparência física: eles estão nus ou "vestidos de peles de animais"; os comportamentos alimentares: eles "comem carne crua", e é todo o imaginário do canibalismo que irá aqui se elaborar; a inteligência tal como pode ser apreendida a partir da linguagem: eles falam " uma língua ininteligível".
Assim, não acreditando em Deus, não tendo alma, não tendo acesso à linguagem, sendo assustadoramente feio e alimentando-se como um animal, o selvagem é apreendido nos modos de um bestiário.
Igualmente bárbaros, vivendo igualmente da caça e da