Prática de ensino - pesquisa em educação
“A psicóloga Ellen Langer conta a história de uma mulher que quando estava preparando um assado sempre cortava uma pequena fatia antes de colocar a carne na forma de assar. Quando perguntaram a ela porque fazia aquilo, a mulher confessou que não sabia – estava simplesmente seguindo uma tradição familiar, preparando o assado da maneira como sua mãe sempre fizera. Todavia, a pergunta provocou a curiosidade da mulher e ela, então, foi perguntar à própria mãe por que sempre cortava aquela fatia de carne. A mãe deu a mesma explicação: fazia isso porque a mãe dela sempre procedia assim. Finalmente, a mulher de nossa história foi conversar com a avó a fim de descobrir a razão para cortar a tal fatia. “Porque era a única maneira de fazer o assado caber na forma”, respondeu a avó”.
O trecho do texto acima define marcas preciosas sobre o censo comum, pois ao replicarmos costumes e hábitos adquirimos espontaneamente um modo de entender e atuar sobre a realidade vivida no dia-a-dia. Existem pessoas e ate mesmo comunidades inteiras que consomem esse hábito de tal forma, que as transmitem por gerações, como é caso em questão.
Ao fazer o assado da mesma forma que via a mãe fazer sem em nada modificar sua forma de preparo, esta (filha), acreditava que seguindo minuciosamente a receita da mãe nada de errado poderia acontecer ao prato que estava sendo feito. Todavia o ser humano é também muito curioso, e ao ser feita a pergunta sobre o porquê de tal ritual para a preparação e posteriormente feita toda a investigação, viu se tratar de uma coisa sem sentido inicial, mas que rendeu anos de fidelidade dentro do contexto familiar.
Estas atitudes passadas de geração para geração são de fácil assimilação e utilizados de forma tão espontânea que raramente são questionados, nos acostumamos de forma tão interativa a estes elementos que nos tornamos passiveis ao conformismo. Diariamente nos deparamos com exemplos de situações similares ao trecho do texto