Prudência e Utopismo
CIÊNCIA E EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
No final do século XVIII, Thomas Malthus lançou um alerta de que a aceleração do crescimento da população estava em descompasso com um mais lento ritmo de crescimento das oportunidades de subsistência.
Mas, no século XIX, as ciências e as técnicas evoluíram de tal maneira, que permitiram superar limitações impostas pela natureza como a mecanização das lavouras, correção de solos, encurtamento de distâncias com as ferrovias e a navegação a vapor.
Uma nova onda de transformações se fez sentir, sobretudo nos países mais avançados até então. Ela incidiu principalmente sobre a generalização de políticas públicas de natureza social, com destaque para a seguridade e a educação.
No século XIX, uma grande crença nas possibilidades da ciência, uma confiança na ampliação das nascentes políticas sociais e nos efeitos da universalização da educação caracterizaram uma visão de futuro otimista.
O século XX foi testemunha da acelerada corrida produtivista, que alimenta e é alimentada por outra corrida, a do avanço das ciências e das técnicas. Começa a haver uma progressiva especialização, que exige profissionais de competência cada vez mais especializada, em campos do saber cada vez mais restritos e delimitados.
O mesmo ocorre com o ensino, que passa de clássico e abrangente, a segmentação e especialização, preparando os jovens para um mercado de trabalho mais compartimentado e restrito. Dessa forma ganhamos eficiência, mas perdemos a visão de conjunto.
Jacob Bronowski foi um dos primeiros cientistas a advertir que a humanidade chegará a um ponto tal que, seria capaz de influir diretamente no futuro, como se o homem tivesse usurpado o papel de Deus.
A BUSCA DO DESENVOLVIMENTO
O mundo ocidental moderno tem buscado orientar racionalmente suas decisões políticas e econômicas, no sentido de promover um processo de evolução dos negócios que assegure trajetórias de pouco risco e de grande rentabilidade.