A ética da responsabilidade em hans jonas
CTCH – Centro de Teologia e Ciências Humanas
Departamento de Filosofia
Disciplina: Ética filosófica
Docente: Nilo Ribeiro.
Discente: Charles de Araújo Costa – 4º período em filosofia.
A ética da responsabilidade em Hans Jonas
Ao adentramos no campo ético da filosofia nos deparamos com um grande pensador: Hans Jonas. Após uma reflexão sobre as problemáticas que o permeavam, ele construiu um pensamento ético que, embora pareça simples, modificou o modo de conceber a ética na atualidade. Ele pensou uma ética para o futuro. Como sabemos, a ética é um modo de refletir sobre o agir humano. Esse agir humano, ao passar da história, foi visto de maneira tanto individual como grupal ou social e, principalmente, no aqui e no agora, na realidade do presente. O pensamento de Jonas modifica essa estrutura e nos conclama a adentramos nos burulantes problemas do homem na atualidade para podermos melhorar a realidade do presente, pensando também na “possível realidade do futuro”. Com esse raciocínio surge a ideia da ética da responsabilidade. Responsabilidade que se caracteriza como meio e fim ao mesmo tempo, isto é, meio ao passo de ser ação para o bem viver autenticamente das futuras gerações e fim enquanto bem viver autêntico da presente geração. Partindo do imperativo categórico de Kant (“Age de tal modo que possas querer também que a tua máxima se converta em lei universal”) como pressuposto ético-moral, Jonas reformula-o acreditando ser necessária não a pressuposição do “querer” do homem sobre a realidade natural, mas os efeitos da ação em relação à permanência de uma vida autêntica na Terra. Aqui, é notório o deslocamento do eixo ético do homem (sujeito) para a Terra (cosmos / natureza). Mas voltando, o querer que Jonas rejeita não é o querer da vontade em relação às necessidades do homem, mas o querer deliberado e singular que é fruto das ciências e influencia alguns homens – ressalto mais uma vez, querer das