Protocolo do uso de Insulina
Por Fernando Miano Fernandes e Ana Carolina Cristofolini Leopold, Farmacêuticos do Hospital Municipal Sâo José de Joinville/SC
A hiperglicemia é uma reação natural do organismo ao estresse metabólico, em decorrência das alterações hormonais. Os cuidados ao paciente crítico aumentam a resposta hiperglicêmica com o uso de corticosteróides, agentes adrenérgicos e suporte nutricional rico em glicose. Além disso, a hiperglicemia associa-se mais frequentemente a complicações neurológicas, infecciosas e á disfunção mitocondrial, o que parece ser um fator importante da disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. Há situações clínicas em que há dificuldade para controlar os níveis glicêmicos e que não permitem a administração pela via SC e IM, sendo necessária a infusão intravenosa (IV), como, por exemplo, nos casos de pancreatite hemorrágica aguda, cetoacidose diabética, tratamento da hipercalemia
(insulina para recaptação de potássio para dentro da célula a fim de reduzir os níveis séricos deste elemento) , intra-operatório do paciente diabético, cirurgia cardíaca, grandes queimados, nutrição parenteral e terapia nos recém-nascidos com baixo peso.
Nos últimos anos, o controle glicêmico intensivo obtido pela infusão venosa contínua de insulina passou a ocupar lugar de destaque no manejo dos pacientes críticos. A premissa é de que a manutenção da normoglicemia está associada a menores taxas de infecções e de falências orgânicas e, consequentemente, a menor mortalidade.
A insulinoterapia é dada por via intravenosa em Bomba de infusão contínua, diluindo-se, normalmente, 100UI de insulina regular em 100mL de solução fisiológica (SF) 0,9%, pois a insulina regular é a insulina que pode ser administrada por via intravenosa. Esta solução tem estabilidade de 24h, quando técnicas adequadas para evitar adsorção da solução no equipo e no frasco de SF0,9% são utilizadas. A principal estratégia utilizada para minimizar a