Cetoacidose
PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE MANEJO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA E ESTADO HIPERGLICEMICO HIPEROSMOLAR
1. INTRODUÇÃO
Código: PA CM 001 Data: 27/07/2011
A Cetoacidose Diabética (CAD) e o Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) são as complicações mais sérias aos pacientes com diabetes. O estado hiperglicêmico secundário a alterações metabólicas foi percebido inicialmente pelo médico Areteu da Capadócia, na Grécia, por volta de 70 d.C, Apenas 1.600 anos após, Thomas Willis notou que esses pacientes apresentavam ‘’urina cheia de açúcar’’, gerando a denominação Diabetes Mellitus. Esta foi consagrada em 1815 quando M. Chevreul identificou que o açúcar dos diabéticos era a glicose. Em seguida descobriu-se a relação de um déficit hormonal na gênese da doença e na sua associação com o pâncreas como o órgão responsável pela disfunção. Inicialmente essas alterações agudas eram responsáveis pelo óbito dos pacientes antes do aparecimento das seqüelas crônicas (atualmente muito mais prevalentes). Desde então o melhor entendimento e conhecimento sobre esta doença reduziram a incidência de suas manifestações agudas e vem buscando o tratamento e prevenção das seqüelas crônicas.
1.1 Epidemiologia:
A cetoacidose diabética está associada, mais frequentemente, ao diabetes tipo 1. Entretanto, pode estabelecer-se relacionada ao diabetes tipo 2 em casos de grande estresse, como trauma, infecção, distúrbios cardiovasculares e outras emergências. A CAD é mais comum em pacientes diabéticos jovens e em mulheres, comparadas aos homens. Já o EHH é mais comum em pacientes com diabetes tipo 2 e com mais de 65 anos. A incidência anual de CAD, nos EUA, é de 4.6-8% episódios por 1.000 pacientes com diabetes. EHH é a manifestação inicial do diabetes em 7-17% dos pacientes. Nos EUA, dentro das últimas duas décadas, CAD apresenta-se em 4-9% das internações hospitalares entre pacientes com diabetes. A incidência de EHH é mais difícil