Proteção radiologica
Radiação: um perigo invisível
Dentre os principais assuntos abordados durante o 48º ICASM esteve a questão da radiação a que estão sujeitos pilotos e comissários durante os vôos, principalmente os de longo percurso. O assunto mereceu um painel exclusivo, no qual foram apresentadas diferentes pesquisas realizadas por médicos da Itália, Estados Unidos, Singapura, Áustria, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha e Brasil.
Nas palestras, os pesquisadores apontaram alguns dos riscos que a radiação provoca à saúde dos tripulantes, como maiores chances de câncer, má formação fetal, no caso das mulheres e até catarata. Confira a seguir, no artigo da Cmra. Carla Moresco, um resumo do que foi abordado no painel sobre radiação do ICASM:
Em maio de 1996 a União Européia divulgou novos padrões básicos de segurança por radiação ionizante no Conselho Diretivo 96129/Euraton. Nesse relatório constava a necessidade de levar em conta a exposição dos tripulantes à radiação cósmica.
O National Council for Radiation Protection classificou os profissionais de vôo como ocupacionalmente expostos a radiações e, por isso, possuidores de um risco adicional de desenvolver câncer em relação à população geral.
Pesquisadores do Instituto de Câncer de Copenhanen, na Dinamarca, publicaram recentemente na revista "The Lancet" um estudo com 3.700 pilotos e comissários que viajaram mais de 5 mil horas. Entre eles, foram registrados 92 casos de câncer, enquanto a média da população do país é de 77 casos.
O fato é que o mundo está em alerta e preocupado com o aumento potencial do câncer nos Aeronautas expostos aos Raios Cósmicos.
A dose limite de radiação anual para tripulantes é de 1mSv, sendo que a dose equivalente anual de Radiação Cósmica que a tripulação tipicamente recebe pode variar de 0.2mSv a 9.1mSv por ano.
A radiação solar visível é maior em altas altitudes e sua exposição repetida pode causar catarata. Também a longa exposição