Professores
As primeiras experiências com pára-quedas datam do século IX, na península Ibérica. Na época, a região, sob domínio árabe, era um dos centros tecnológicos do mundo. E foi lá, em Córdoba, em 852, que Armen Firman tentou alçar vôo, atirando-se no vazio do alto de uma torre. O primeiro teste prático foi realizado pelo inventor croata Faust Vrancic. Em 1617, ele saltou de uma torre em Veneza com um pára-quedas quadrado e autodenominou-se homo volans (homem voador). O interesse pelo artefato que aparava a queda de homens só aumentou muito tempo depois, já na era iluminista. Nessa época o material utilizado era muito pesado, então o inventor francês Blanchard pensou num protótipo mais leve, compacto e dobrável que a madeira e o linho. A saída lógica foi a levíssima seda. Quem deu o primeiro salto utilizando esse novo material foi, o também francês, André Jacques Garmerin, em 1797, usando uma seda de 7 metros de diâmetro, parecida com um guarda-chuva. O salto foi um sucesso, altura de 2500 metros. Durante o século XIX, várias melhorias foram implementadas, como os tirantes (1887) e a mochila para guarda-lo nas costas (1890). Em 1912, o capitão do exército norte-americano Alberty Berry saltou pela primeira vez de um avião. Nascia aí a parceria entre o pára-quedas e as forças armadas. A primeira ocasião em que foi usado foi durante a primeira guerra mundial. Naquela época, as correções dos tiros de artilharia eram feitas pelos observadores avançados embarcados em balões. O inimigo, para cegar a observação, empregava aviões para derrubar os balões, então os observadores passaram a utilizar os pára-quedas para salvar as suas vidas. Os pilotos de avião só passaram a usar o equipamento no final da guerra, por causa do argumento absurdo que, sem o pára-quedas, eles seriam mais combativos em evitar a queda da aeronave. O período entreguerras foi de forte desenvolvimento das