Professora sim, tia não
FREIRE, Paulo. Professora sim tia não: Cartas á quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d´água, 1997.
Um notável pensador da história da pedagogia mundial, é assim que podemos nos referir quando pensamos em Paulo Freire. Foi ele quem influenciou o movimento de pedagogia crítica e é um filosofo referência para as práticas educacionais do país. Seus talentos como escritor e pensador, o fizeram alcançar grande número de admiradores nos campos da pedagogia, sempre ligados a partidos de esquerda.
Segundo Wikipédia (Acesso em: 24/11/2014, 10:11 Hrs).
“A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.”
Como defendido por Paulo Freire, ensinar envolve muito mais do que somente a pratica de ensinar em si. Pede do profissional, envolvimento, comprometimento, postura de educador, enquanto que a posição de “tia” é somente um suposto envolvimento de parentesco do educando com o educador. Atuando assim, na tentativa de minimizar o professor ao papel de tia e “suavizar” sua profissão.
O texto, embora pareça simples, tem como objetivo enfatizar que a pessoa que ensina, também tem papel de aprendiz, sendo que pra isso, o mesmo precisa ousar e aprender a ousar, sobretudo. Saber dizer não as padronizações impostas pela burocratização da educação. De acordo com Freire, é preciso ousadia no próprio ato de ser professor, que se vê responsável por sua formação por meio de aprimoramentos permanentemente, ou seja, uma busca corriqueira pelo conhecimento.
Neste sentido, não há motivação em desmoralizar a imagem de “tia”, mas sim,