Professora sim Tia não
Paulo Freire acreditava que a educação libertava o homem. Com suas ideias libertarias acabou exilado no Chile. Em toda sua trajetória na área da educação buscou a compreensão e atuação voltada para as classes pobres ou classes oprimidas. Usou vários métodos pioneiros na alfabetização de adultos, chegando a alfabetizar até 300 pessoas em um único mês. Lançou vários livros sempre frisando o ser humano. Sua paixão pelo ensino e a afirmação de que um homem sem conhecimento é um homem levado por qualquer ideologia, pois sem conhecimento não usufruir de seu talento “adormecido” que é o de pensar, refletir, criticar, participar. Trata o analfabetismo como violência ao individuo, pois o mesmo não consegue se identificar seu lugar na sociedade e exercer seus direitos.
O autor a importância de gostar do que se pretende fazer, nesse caso a docência, de se comprometer seriamente com a tarefa de ensinar independentemente das desvantagens vividas pelos docentes nos dias atuais. Ser tia é cômodo, é ser sempre “doce”, é algo imposto, pois se trata de grau de parentesco. Ser professora é uma escolha de militância, luta, para cumprir com o dever de ensinar. Por isso o autor separa os dois títulos. Professora e Tia. Mas é compreensível o uso do termo tia por parte de alguns alunos, que somente na figura da tia/professora recebem afeto e demonstram afeto. Essa tia/professora muitas vezes é quem dá a educação e o amor que a família deveria dar em casa. Outro ponto importante para ele é também lembrar que nós ensinamos, mas também aprendemos. Todo ser humano tem uma carga, uma bagagem de vida. Independente da sua idade sempre tem algo para ensinar e devemos estar dispostos a entender essa bagagem e aprender com todos. Pensemos também na auto-avaliação constante para um melhor desempenho em sala de aula.
Fato que chama atenção nessa leitura também é a análise feita sobre a evasão das escolas. A visão é que a condição