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A ocorrência de Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO), durante um tratamento com Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), é a maior preocupação dos médicos que realizam qualquer tipo de Hiperestimulação Controlada da Ovulação (HCO).
O temor se deve principalmente à labilidade do processo, que pode transformar um caso simples em um caso extremamente grave se não forem tomadas as precauções necessárias.
Sempre que possível a SHO deve ser evitada através de medidas específicas descritas adiante.
Os primeiros passos para a abordagem da SHO são o correto diagnóstico e estadiamento do processo.
Existem várias classificações para o estado evolutivo do processo e mostramos aqui uma das classificações mais utilizadas:
GRAU LEVE: Hiperestimulação química, com ou sem sintomas de tensão abdominal, com edema e dor, normalmente com aumento dos níveis de Estradiol (E2), distensão abdominal leve, e achado de ovários com diâmetro menor do que 5.0 cm ao Ultra-som (US). Na maioria dos casos sem implicações clínicas e com resolução espontânea.
GRAU MODERADO: Com um grau maior de desconforto abdominal, acompanhado de sintomas gastrointestinais, distensão com aumento do diâmetro abdominal e aumento de peso. Aumento do volume dos ovários (> 5.0 e < 12.0 cm ao US). Presença de ascite detectada através da propedêutica específica e ao US.
GRAU SEVERO: Quando a paciente apresenta um ou mais dos seguintes sintomas: ascite tensa, fenômenos tromboembólicos, disfunção hepática, falência renal, síndrome de deficiência respiratória do adulto (SDRA) e presença de ovários com mais de 12.0 cm de diâmetro ao US.
TRATAMENTO:
O esquema terapêutico deve ser individualizado e pode ser aplicado conforme a severidade do caso. Nos casos leves, sem complicações clínicas, recomenda-se o repouso em casa usando hidratação oral (água, sucos e hidratantes, p. ex. Gatorade, água de coco) e observação do caso.
Nos casos moderados, em que existe a presença de ascite moderada porém com