professor
Introdução
Intrínseca à vida na sociedade atual, a temática referente aos narcóticos entorpecentes e psicotrópicos, tanto por sua presença constante quanto por seus efeitos alucinógenos e comportamentais, polemiza as discussões sociais e legislativas. Este artigo visa elucidar as questões referentes ao que são ditas substâncias, seus efeitos no sistema nervoso central, e como a opinião pública influência o poder executivo e administrativo a traçar o paradigma legal de seu consumo, tanto na sociedade brasileira quanto nos exemplos bem sucedidos de outras nações.
Palavras-Chave
Entorpecentes; Alucinógenos; Opinião Pública; Legislação; Consumo.
O uso de substâncias entorpecentes na História
As drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, permeiam a história humana desde os primórdios societais, nas culturas tanto Ocidentais quanto Orientais. Suas raízes se estendem à evolução cultural, espiritual e psicossocial, sendo mencionada e utilizada por diversos formadores de opinião da antiguidade como também da modernidade. O uso de substâncias alucinógenas como o peiote e a mescalina é associada aos rituais xamânicos das sociedades indígenas latino-americanas, enquanto entorpecentes como o fumo proveniente das plantas canábicas foi utilizado e encontrado nas tumbas dos líderes espirituais do antigo Egito.
As primeiras menções da planta na História humana podem ser datadas ao ano 2700 a.C., nas farmacopeias Chinesas. Seu uso também foi associado à Grécia antiga e ao antigo Egito, onde era utilizado por suas propriedades medicinais.
No entanto, quando a influência da planta chegou ao território europeu, o Papa Inocêncio VIII a baniu em 1484 - mais especificamente o haxixe, resina concentrada derivada do pólen excretado pela planta. Contanto, o uso da substância foi novamente disseminada a partir da popularização da religião