Professor
Curso: Licenciatura em Física
Disciplina: História da ciência
Prof.: Otavio Bocheco
Acadêmico: Peterson Dirksen
Rio do Sul, 12 de Julho de 2013.
PEDUZZI, Luiz O. Q. Força e movimento: de Thales a Galileu. UFSC, Florianópolis, SC, Cap. 3, p. 47-66, 2008.
A FÍSICA DA FORÇA IMPRESSA E DO ÍMPETOS
O astrônomo Hiparco de Nicéia, discordando da dinâmica aristotélica do movimento de projéteis, explica a situação pós-arremesso de um móvel de uma maneira inteiramente diferente daquela concebida pelos seguidores de Aristóteles. Para ele, o movimento se dá por meio de uma força transmitida ao projétil pelo lançador. Essa força, absorvida pelo projétil, extingue-se gradativamente à medida que ele se movimenta. No caso de uma pedra arremessada verticalmente para cima, Hiparco diz que a força projetora é a causa do movimento ascendente da pedra, enquanto a força projetora é maior do que a tendência do objeto para baixo, então o corpo sobe. O corpo continua a subir cada vez mais lento devido ao decréscimo da força projetora. O projétil começa a cair quando a força para cima é menor do que a tendência do objeto para baixo. O movimento descendente do corpo, se da devido à anulação da força projetora e a tendência de o projetil de voltar ao seu lugar natural. Hiparco utiliza um argumento semelhante para explicar a aceleração dos corpos em queda, liberados a partir do repouso. Segundo ele o corpo permanece em repouso quando, por exemplo, uma pessoa o exerce uma força para segura-lo, depois de solto a força continua com o objeto diminuindo gradativamente e aumentando a sua velocidade. Enquanto que, para Aristóteles, a força que impulsiona um projétil provém do próprio meio, sendo portanto externa a ele, para Hiparco, a força responsável pelo seu movimento é uma força interna, ‘armazenada’ no projétil. Uma importante crítica medieval sobre as considerações de Aristóteles de que um meio é