professor
Diego Matos
O filme “Quanto vale ou é por quilo” desde o inicio com suas primeiras cenas, nos apresenta as relações entre a escravidão de antigamente e os dias de hoje. Uma escravidão ocultada que o povo não percebe ou às vezes não quer, encarar devido as situações do meio onde vive ou trabalha. O filme com direção de Sérgio Bianchi mostra a relação entre o passado e o presente, entre os mais necessitados, e aqueles que têm mais poder.
Bianchi nos faz perceber, e refletir a semelhança entre dois períodos, com diversas situações de exclusões sociais, miséria, opressão que no filme, são bem notórias impressionando-nos, pois se pararmos para pensar tudo isso vivemos no nosso dia-dia e nem notamos, passando por cima desses problemas que são cruciais em nossa sociedade.
A seguir vemos a cena de uma negra com uma máscara de ferro sendo castigada ou privada de ingerir bebida, logo em seguida aparece uma festa e as pessoas bebendo a vontade, apresentando uma falsa liberdade que até hoje em dia vivenciamos. No filme é visível um paralelo com a escravidão de antigamente e a marginalização presente nos dias de hoje e nos mostra que de certa forma, mesmo que a escravidão tenha sido abolida, alguns indivíduos ainda vivem mesmo depois de tantos anos, igual ou pior aquela situação, sendo tratados como mercadorias e não como gente. Mais isso tudo é por causa dura realidade do mundo capitalista, onde as pessoas são escravas do capital fazendo o ser humano perder sua essência e dignidade. Bianchi deixa bem visível essa situação quando ele expõe no filme, escravos fugitivos, onde os capitães do mato recebiam recompensas para capturá-los, recompensa para suprir suas necessidades e dar melhores condições às suas famílias no mesmo