professor
CDD. 20.ed. 612.044
ESTRATÉGIAS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA:
REVISÃO E RECOMENDAÇÕES APLICADAS
Marcelo Luis MARQUEZI*
Antonio Herbert LANCHA JUNIOR*
RESUMO
Grande atenção tem-se dado às estratégias de reidratação durante e após a atividade física, como forma de manter os líquidos corporais. Quando discutimos a necessidade de repor as perdas hídricas associadas à atividade física, buscamos, em última análise, formas de prolongar ou manter pelo maior tempo possível o rendimento do indivíduo. Alterações das funções fisiológicas conseqüentes das perdas hídricas comprometem o desempenho, tornando-se assim fatores determinantes de fadiga. Este artigo de revisão discute a necessidade de repor as perdas hídricas associadas à atividade física, apresentando algumas estratégias presentes na literatura. Alguns artigos consideram a reposição hídrica, em conjunto com a oferta de nutrientes e eletrólitos, como um importante recurso ergogênico, já que a depleção de substratos energéticos
(glicogênio muscular e hepático), o acúmulo de metabólitos (lactato e íons H+) e o prejuízo dos processos de termorregulação estão intimamente ligados à diminuição do desempenho. Assim, além da oferta de água, as estratégias discutidas nesta revisão procuram também avaliar a disponibilidade de carboidratos e eletrólitos, quer como agentes facilitadores da própria reposição hídrica ou como fonte exógena de substratos.
UNITERMOS: Reposição hídrica; Atividade física; Reposição de eletrólitos.
INTRODUÇÃO
A água é a principal constituinte do corpo humano, em peso e volume. Um homem de
75 kg contém cerca de 45 l de água, correspondendo a 60% do seu peso corporal total
(Greenleaf, 1992; Sawka, 1988). O volume hídrico corporal é dependente de composição corporal do indivíduo, sexo, idade, estado de treinamento e conteúdo muscular de glicogênio, entre outros fatores. Essa diferença é em parte determinada pela quantidade de água presente em cada tecido
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