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Considerando-se que a vida social é algo fundamental à existência e sobrevivência dos seres humanos enquanto indivíduos, é na família que se dá início ao processo de socialização, educação e formação para o mundo. As famílias são consideradas grupos primários, nos quais as relações entre os indivíduos são pautadas na subjetividade dos sentimentos entre as pessoas, fato que justifica, muitas vezes, o amor existente entre pais e filhos adotivos, logo sem relação consanguíneo. Assim, os laços que unem os indivíduos em família não se sustem pela lógica da troca, da conveniência do relacionamento a partir de um cálculo racional como que em um contrato no mundo dos negócios em que cada parte vê vantagem na relação existente, constituindo um grupo formal. Ao contrário, a família é um grupo informal, no qual as pessoas estão ligadas por afeto e afinidade, e que por conta deste sentimento criam vínculos que garantem a convivência. Mas o que dizer dos inúmeros problemas familiares que tanto se ouve falar ou mesmo que se pode enfrentar no dia a dia? Para ilustrar, basta pensar nos conflitos existentes em famílias com jovens adolescentes os quais, neste momento em que deixam a infância para entrarem na vida adulta, tornam-se muito mais críticos aos valores dos adultos que o cercam, muitas vezes cogitando até mesmo, de forma impulsiva, abandonar o lar. Logo, nada mais natural do que os choques de geração e conflitos entre pais e filhos neste sentido, o que não significa uma desestabilização definitiva da família. Assim, a despeito disso, os vínculos construídos para além do biológico permanecem. Dessa maneira, é importante considerar que, se a família é a base ou início do processo de socialização dos indivíduos, o que se torna fundamental é que ela seja estruturada de tal forma que o relacionamento entre seus integrantes seja pautado na harmonia e respeito entre seus pares, dada a importância e influência que tal grupo exerce na vida de cada um.