professor do ensino médio no Brasil

Todas as discussões sobre reformas educacionais consideram, direta ou indiretamente, os professores com elemento essencial, já que é visível que o desempenho e aprendizado dos alunos depende da qualidade dos professores. Países como Coréia e Finlândia possuem professores com as melhores remunerações ao longo de toda a carreira docente e em todos os níveis de ensino, o que leva a crer, que isso contribui com o fato de que os alunos desses países alcançam bom desempenho em exames padronizados internacionais.
Há vários aspectos para a escolha da carreira docente como flexibilidade de horário, estabilidade no emprego, baixas exigências para exercício da docência, mas é evidente que a remuneração é fator preponderante nessa escolha. Na comparação salarial com docentes de outros países, apesar de iniciativas como FUNDEF e FUNDEB, o Brasil está longe dos países desenvolvidos. Diante dessa desmotivação, é observado um deficit de professores com formação adequada para certar áreas de atuação, sobretudo em matérias relacionadas às ciências exatas, onde as oportunidades fora do setor educacional são maiores.
Dados do questionário socioeconômico do ENADE aplicados ao curso de pedagogia em 2005 mostra que a maior parte dos alunos (80%) cursaram o Ensino Médio em escolas públicas, tinham renda inferior a 3 salários mínimos (39% dos alunos) e 3/4 já exerciam alguma atividade remunerada, não só para pagar os estudos, mas também para contribuir com o sustento da família. Esse perfil vem se consolidando entre os alunos que optam pela carreira docente, contudo, seguir com essa carreira é uma opção bem definida pelos alunos, principalmente pela identificação com a carreira e a possibilidade de ter uma segunda carreira.
Tendo em vista que a remuneração é um fator importante na escolha da carreira docente, estudos pioneiros compararam o salário entre professores e não-professores. Comparando com professores do ensino privado, apesar de não identificarem diferenças relevantes, os