Produção de etanol
Curso Engenharia de Produção
Projeto Integrador
SEGURANÇA NO TRABALHO IV
Layla de Carvalho Silva
Campos dos Goytacazes
2010.
1. INTRODUÇÃO:
A produção de etanol combustível pode realizar-se de vários modos. Lamentavelmente a escolha tecnológica ocorre em função dos interesses econômicos e políticos unicamente, ficando de fora os objetivos sociais e ambientais. Na época de implantação do Pró-Álcool a opção por usinas grandes (120 000 litros/dia ou seus múltiplos), não era mais do que uma entre diversas possibilidades existentes [Bueno, 1980]. A opção adotada implicou no desgaste de recursos humanos (“bóias-frias”), naturais (solo, flora, fauna) e financeiros
(possibilidade da aplicação do dinheiro em outros investimentos). A opção pela grande escala de produção resultou em uma monocultura danosa, pouca possibilidade de interação com a pecuária e a destruição da diversidade ecológica e das pequenas economias nos locais onde as grandes usinas se instalaram [Paschoal, 1983; San Martin, 1985]. Hoje sabemos que também afetou a qualidade da atmosfera global.
Nesta década se repete a situação vivida na década de 70, porém com a possibilidade de afetar áreas rurais ainda maiores, pois a relação benefício/custo desconsidera as externalidades negativas e as perdas de serviços ambientais. Não se levam em conta os estudos que indicam o possível agravamento dos problemas sócio-ambientais e não são ouvidas as reflexões críticas dos movimentos sociais ao modelo de produção e consumo vigente nem as implicações do uso de grandes volumes de fertilizantes químicos, pesticidas e herbicidas (derivados do petróleo) nas mudanças climáticas.
Ao optar pelos modelos de monocultura extensiva, os planejadores e os tomadores de decisão desconsideram a perda dos serviços ecossistêmicos na lavoura homogênea e também os custos do impacto ambiental dos agro-químicos aplicados na lavoura, custos que são repassados indevidamente às comunidades e