Produção de beterraba
Lido o artigo de opinião publicado recentemente neste espaço e intitulado "Beterraba sacarina: Terá sentido relançar a sua produção em Portugal?", vem a ANPROBE liminarmente rejeitar a análise transcrita, a qual induz o leitor e os players do sector agrícola menos atentos a formularem uma linha de pensamento que, salvo melhor opinião, é contrária à realidade, às necessidades estratégicas do País e, fundamentalmente, a um sector agrícola carente de soluções económicas e agronómicas.
A ANPROBE sempre acompanhou a evolução do mercado comunitário e mundial do açúcar, participando activamente na discussão das políticas que originaram as diversas reformas que o sector passou, em especial na última e a causadora do final da cultura, apesar de a Associação ter combatido, até à exaustão, contra uma errada política comunitária.
20 Anos de excelente relacionamento com as diferentes instituições nacionais e internacionais, bem como de estreito envolvimento em torno da organização comum de mercado do açúcar em todas as suas vertentes, incluindo os diferentes acordos de parceria económica, permitiram à ANPROBE acumular uma fonte de conhecimento, de inegável valia, em torno da beterraba.
Infelizmente, o artigo referido pretende contrariar os fundamentos apresentados numa Resolução da Assembleia da Republica, a qual insta o governo a tomar as medidas necessárias à reintrodução da cultura da beterraba sacarina em Portugal baseada em três pontos fundamentais: a cultura da beterraba sacarina é uma alternativa bastante vantajosa para os agricultores portugueses; o relançar desta cultura vai contribuir para o aumento da produção agrícola nacional; a substituição da produção de açúcar de cana por açúcar de beterraba constituirá um contributo para o aumento da nossa auto-suficiência alimentar".
Devido à sua excelente adaptação às nossas condições climáticas, a beterraba tornou-se numa cultura essencialmente outonal, entrando na rotação com