Adubação verde
Tema foi apresentado em palestra realizada na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Inpa/MCTI
Tecnologia simples e sustentável, a adubação verde é uma alternativa viável para melhorar o solo e aumentar a produção agrícola na Amazônia, principalmente de hortaliças folhosas como é o caso da alface. A afirmação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o engenheiro agrônomo Luiz Augusto Gomes de Souza, que fez nesta quarta-feira (23), uma palestra sobre o tema a participantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
De acordo com Souza, a adubação verde é uma técnica agroecológica de produção agrícola diferente das mais conhecidas, como é a compostagem que transfere para o sistema de produção os adubos mineralizados. “A adubação verde consiste em trabalhar com as plantas da família das leguminosas e coletar dessas plantas folhas verdes, que têm maior capacidade de captar nitrogênio e isso favorece o processo de decomposição”, explicou o pesquisador.
O nitrogênio é um dos sais minerais indispensáveis para as plantas – assim como potássio, magnésio, enxofre – mas não está disponível no solo, e sim na atmosfera, e só algumas plantas têm a capacidade de fazer essa absorção, como as leguminosas. Além disso, o nitrogênio melhora a qualidade do solo tornando-o favorável ao cultivo, e é elemento importante para as plantas por formarem as proteínas, ou seja, melhorar a qualidade do alimento.
“As leguminosas têm a capacidade de captar nitrogênio da atmosfera, mas para completar o processo elas se associam as bactérias presentes no solo, e isso dá para elas uma autonomia na qualidade de nutrientes que as outras plantas não têm e precisam”, destacou Souza, que é doutor em botânica.
O adubo verde pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados, baixando os custos de produção. Para o pesquisador do Inpa, a adubação verde é uma